sábado, 1 de dezembro de 2018

Métodos para evitar a gravidez


Os métodos para evitar a gravidez, designados por métodos contracetivos, são facilmente acessíveis e disponibilizados gratuitamente em consultas de Planeamento Familiar e de adolescentes. A escolha do método depende da eficácia, comodidade e conveniência de cada um deles.



A contraceção oral combinada (pílula) quando tomada de forma correta, é um método eficaz, com taxas de falha de 0.1%. Existem embalagens de 21 (tomar 1 comprimido por dia durante 21 dias e pausa de 7 dias), 22 (tomar 1 comprimido por dia durante 22 dias e pausa de 6 dias) e de 28 comprimidos (sem pausa entre as embalagens).  Os esquecimentos podem estar associados a risco de gravidez. Para os evitar podes criar um alerta no teu telemóvel



O adesivo contracetivo coloca-se sobre a pele e permite uma libertação hormonal contínua. Apresenta uma elevada eficácia, quando corretamente utilizado. Aplicar a primeira vez no 1º dia do ciclo e usar durante 21 dias (1 adesivo por semana); 7 dias de pausa.




O anel vaginal, de libertação hormonal, é flexível e tem uma eficácia contracetiva superior a 99% quando corretamente utilizado. É colocado na vagina pela própria utilizadora e a maioria das mulheres acha que a sua colocação e remoção são fáceis (semelhante ao tampão). Pode ficar fora da vagina até 3 horas, sem afetar a sua eficácia. Aplicar no 1º dia do ciclo e manter durante 21 dias, com 7 dias de pausa.



Atualmente, os LARC (Long-Acting Reversible Contraception) são reconhecidos como os métodos mais eficazes para evitar uma gravidez indesejada na adolescência. Os mais utilizados são o implante subcutâneo e o dispositivo/sistema intrauterino.


O implante subcutâneo é colocado na consulta e tem uma duração de 3 anos. Apontam-se como desvantagens as hemorragias uterinas anómalas  e o facto da sua eficácia não estar comprovada em adolescentes obesas (IMC > 30kg/m2).




Os dispositivos intra-uterinos (DIU) e os sistemas intrauterinos com  Levonogestrel  (SIU-LNG)  têm uma longa duração de ação (entre os 3 e os 10 anos). Os SIU-LVN têm um efeito benéfico nos casos em que existem hemorragias uterinas anómalas ou dores menstruais.



Os métodos anteriormente referidos não protegem contra as infeções sexualmente transmissíveis pelo que se aconselha a associação do uso de preservativo. Se este se romper durante a relação sexual e no caso de estar a ser usado isoladamente deve efetuar-se a contraceção do dia seguinte.


Dra Helena Barros Leite 
Médica especialista de Ginecologia Obstetrícia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra 

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