Os métodos
para evitar a gravidez, designados por métodos contracetivos, são facilmente
acessíveis e disponibilizados gratuitamente em consultas de Planeamento
Familiar e de adolescentes. A escolha do método depende da eficácia, comodidade
e conveniência de cada um deles.
A contraceção oral combinada (pílula) quando tomada de forma correta, é um método eficaz, com taxas de falha de 0.1%.
Existem embalagens de 21 (tomar 1 comprimido por dia durante 21 dias e pausa de
7 dias), 22 (tomar 1 comprimido por dia durante 22 dias e pausa de 6 dias) e de
28 comprimidos (sem pausa entre as embalagens).
Os esquecimentos podem estar associados a risco de gravidez. Para os
evitar podes criar um alerta no teu telemóvel
O adesivo contracetivo coloca-se sobre a pele e
permite uma libertação hormonal contínua. Apresenta uma elevada eficácia,
quando corretamente utilizado. Aplicar
a primeira vez no 1º dia do ciclo e usar durante 21 dias (1 adesivo por semana);
7 dias de pausa.
O anel vaginal, de libertação hormonal,
é flexível e tem uma eficácia contracetiva superior a 99% quando corretamente
utilizado. É colocado na vagina pela própria utilizadora e a maioria das
mulheres acha que a sua colocação e remoção são fáceis (semelhante ao tampão).
Pode ficar fora da vagina até 3 horas, sem afetar a sua eficácia. Aplicar no 1º dia do ciclo e manter durante
21 dias, com 7 dias de pausa.
Atualmente, os LARC (Long-Acting Reversible Contraception)
são reconhecidos como os métodos mais eficazes para evitar uma gravidez
indesejada na adolescência. Os mais utilizados são o implante subcutâneo e o
dispositivo/sistema intrauterino.
O implante subcutâneo é colocado na
consulta e tem uma duração de 3 anos. Apontam-se como desvantagens as
hemorragias uterinas anómalas e o facto
da sua eficácia não estar comprovada em adolescentes obesas (IMC > 30kg/m2).
Os dispositivos intra-uterinos (DIU) e
os sistemas intrauterinos com Levonogestrel
(SIU-LNG) têm uma longa duração
de ação (entre os 3 e os 10 anos). Os SIU-LVN têm um efeito benéfico nos
casos em que existem hemorragias uterinas anómalas ou dores menstruais.
Os métodos anteriormente referidos não protegem contra
as infeções sexualmente transmissíveis pelo que se aconselha a associação do
uso de preservativo. Se este se romper durante a relação sexual e no caso de
estar a ser usado isoladamente deve efetuar-se a contraceção do dia seguinte.
Dra Helena Barros Leite
Médica especialista de Ginecologia Obstetrícia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
Como se toma a pílula?
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